Com rimas e versículos
através deste poemeto
queremos que todos façam
um animado coreto.
Usando substantivos estudados
de gênero, número e grau
falaremos de uma festa
que todos acharão legal.
Nesta festa vem caravanas
de tertúlias, súcias e camarilhas
vem farândolas curiosos
observar a girândola e a quadrilha.
A rádio da cidadela
está sempre a anunciar
que não faltem à festança,
onde teremos: banda, bandeirolas
e fogueira para pular.
Durante a festa junina
os rapazelhos servirão:
os pés de moleque, as porciúnculas de batatas-fritas,
os guaranás, os champanhas e os quentões.
A multidão está ansiosa.
Os mocetões, as mocetonas e os anciões
ganharam picadas de zângão e,
logo começaram as comichões.
A quadrilha começou
é uma dança de par em par:
o colega com a colega, o aluno com a aluna,
até o frei e a soror dançam sem parar.
As pessoas que dançam
criam uma nova identidade.
Se vestem de farândola e até de panapaná,
deixando fantasiadas a ruela e a cidade.
Na platéia, lá pelas tantas,
debaixo de uma linda constelação,
se ouve um vozeirão.
O batalhão ficou atento,
pois havia uma coorte
querendo acabar com a animação.
O cabeça da coorte foi preso,
o anátema foi feito.
Tudo voltou ao seu lugar
o arraial não foi desfeito.
(Rosa Ângela)